Há alguns anos a demanda por restaurantes e estabelecimentos de comida crua segue crescente no país. Leves, saudáveis e ricos em nutrientes, não restam dúvidas de que os pratos da gastronomia oriental continuam conquistando admiradores e consequentemente, muito espaço no mercado.
Mediante a este cenário, as empresas que atuam tanto neste segmento quanto em qualquer outro que envolva a manipulação deste tipo de mercadoria, precisam observar atentamente todas as recomendações necessárias para evitar a propagação de qualquer tipo de doença infecciosa gastrointestinal.
Caso você ainda não conheça os procedimentos de controle de qualidade para alimentos crus, na leitura a seguir separamos alguns quesitos fundamentais para a regularização deste quesito. Confira!
Os riscos das carnes cruas
Não é uma novidade que carnes cruas (bovinas, suínas ou de peixes) estão mais propensas a conter bactérias intestinais e parasitas, como Salmonella, Shigella, Escherichia coli (com suas toxinas) e Tênia. Quando ingeridas, elas são responsáveis provocar algumas complicações nos consumidores, como por exemplo: vômito, dores abdominais e diarréia. Vale lembrar que gestantes podem apresentar maior sensibilidade a este tipo de alimento e por isso, devem evitá-los.
No caso das carnes bovinas e suínas cruas, o congelamento não elimina a presença de microorganismos contaminadores. Do mesmo modo, os temperos não são capazes de impedir a contaminação destes agentes (ainda que possam impedir a proliferação, mas não eliminação dos mesmos).
Medidas de higiene
Todos os alimentos devem ser manipulados, preparados, servidos e comercializados com absoluto cuidado e higiene, mas existem algumas regras específicas para as carnes cruas, como:
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Em restaurantes de comida oriental, não é recomendado que os alimentos sejam servidos em utensílios de madeira (barcas), pois esse material pode transportar um grande volume de bactérias;
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A boa procedência das carnes é fundamental para o controle de qualidade e por isso, é necessário conhecer bem a origem do fornecimento;
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Não é recomendável adquirir carnes empacotadas (principalmente moída), pois podem conter partes de diversos animais, o que aumenta as chances de todo o lote estar contaminado;
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É indicado que frutas e verduras fiquem de molho em uma solução de hipoclorito de sódio, por cerca de 15 minutos (verifique sempre as recomendações do rótulo);
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Vale reforçar que todos os utensílios de preparo e manipulação devem ser esterilizados corretamente.
Essas são apenas algumas dicas práticas para o controle de qualidade de alimentos crus do seu estabelecimento, mas você pode encontrar todas as recomendações necessárias, de acordo com a lei vigente na cartilha desenvolvida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a ANVISA.
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